O ex-governador José Maranhão (PMDB) declarou ontem que gostaria de ter uma aliança com o PSDB já no primeiro turno das eleições municipais de João pessoa, em 2012, tendo como vice, a esposa do senador Cícero Lucena, Lauremília Lucena. A entrevista foi concedida ao programa Correio Debate (Correio SAT). No entanto, segundo ele, este seria o fato de maior impacto das oposições nas próximas eleições. No entanto, Cícero já anunciou que é pré-candidato na Capital, mas nunca escondeu a possibilidade de uma aliança entre PSDB e PMDB em um eventual segundo turno.
“A princípio pretendemos manter, na nossa aliança, todos os partidos que participaram da minha candidatura à reeleição a Governo do Estado. Evidentemente, que se pudermos ampliar, iremos fazer isso. Mas, é possível que no primeiro turno a gente não possa contar com todos estes partidos. O PSC lançou a poucos dias a candidatura de Ítalo Kumamoto. O PT também pretende lançar candidato. Cícero Lucena foi um aliado informal, mas também vai participar da campanha”, afirmou.
Apesar disso, segundo ele, em todas as reuniões nas quais o assunto é as eleições municipais, os nomes que mais figuram para compor uma chapa, são o dele e da esposa de Cícero Lucena. “É verdade, não é só nos corredores da minha casa, mas em todas as reuniões, há uma aspiração muito forte e não existiria apara as oposições da PB, um fato mais impactante de que a realização dessa aliança entre maranhão e Cícero, tendo a sua esposa como vice”, declarou. Segundo José Maranhão, seu nome ainda é o mais forte para ser candidato peemedebista nas eleições e que a escolha não deveria se basear pela idade dos possíveis candidatos, mas pela experiência.
“As pesquisas dão o meu nome como uma boa opção para prefeito. Então devemos dar as costas ao povo e dizer que não pode ser porque é velho? A questão de ser velho é questão de espírito, de cabeça. O que tem que ser jovem são as ideias. Acho que devo continuar porque o mundo nunca parou, quem não pode parar são os homens, sejam eles jovens ou velhos”, disse.
Segundo ele, o PMDB é o único partido que tem uma juventude atuante, mas candidaturas “se faz com votos”. “Não se pode dizer que vai pegar um jovem e dizer que ele será o candidato. Tem que ver os potenciais de cada um. O PSB não está discutindo a prefeitura, já está fechado. Os outros partidos estão com um nome só. O PMDB discute qual é o melhor para o partido. Se é o veterano Maranhão ou o veterano Manoel Júnior”.
Comunicação errou o foco - De acordo com José Maranhão, a equipe de Comunicação contratada para fazer a campanha em 2010 errou no foco. Disse ter sido orientado a centrar fogo no então candidato ao senado, o ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB), ao invés de centrar a campanha contra Ricardo Coutinho (PSB).
“A pesquisa na última campanha nos enganou, porque vinha em curso todo um processo onde liderávamos a preferência popular. De repente, já na reta final da campanha, um fato novo começou a influenciar a opinião pública. Primeiro, uma massa de recursos vindos de Pernambuco e, segundo, enfrentávamos dois candidatos, um de fato muito mais forte que o outro, o primeiro era Ricardo e o segundo era Cássio Cunha Lima. Minha assessoria de Comunicação inferiu de um grande erro. Verificamos que bateram diretamente em cima de Cássio. Com isso, a Paraíba ficou do lado dele”, disse.
Críticas ao governador - José Maranhão criticou o governador Ricardo Coutinho, afirmando que ele está utilizando de obras realizadas por ele, para inaugurar ou reinaugurar como se fosse o idealizador do projeto. “Vejo que os projetos mais badalados são os que deixei. Eu vi em Campina Grande ele fazer um alvoroço para tirar uma placa no hospital que eu construí, Cássio iniciou e eu conclui, inaugurei e entreguei à população. Vi Ricardo ir a Catolé do Rocha inaugurar a estrada que eu fiz e inaugurei com festa. Vejo estardalhaço para mostrar a estrada do Congo, tudo bem, eu fiquei feliz, afinal, se querem a autoria da estrada, é porque ela é boa, mas eu fiz a maior parte da estrada. Eu nunca deixei, como administrador, de registrar a participação dos meus antecessores nas obras”, declarou o peemedebista.
“Elogios a Cássio são justos” - Já sobre os elogios ao senador Cássio Cunha Lima, Maranhão afirmou que isso não faz parte de uma estratégia com vistas a próxima eleição. “Um político se faz dos seus conhecimentos, preparo intelectual acadêmico e da sua experiência. Seria profundamente injusto e sectário se dissesse que ele não tem estas coisas. Um homem que foi prefeito de Campina Grande e governador, não se pode dizer que ele não tenha condição de exercer o mandato de senador”, afirmou.
Segundo Maranhão, ao afirmar isso, “exerço o dever de ser justo. Seria ridículo dizer o contrário. Não adianta militar contra os fatos que estão aí. Arrolar fatos que não são a realidade, você agride a inteligência dos paraibanos”, concluiu.
Correio da Paraíba
Via ParlamentoPB