O meia esquerda do Sport Clube, Marcelino Paraíba, está detido na Central de Polícia, podendo ser transferido nas próximas horas para o presídio. O jogador está sendo acusado de estuprar uma jovem de 31 anos. O fato ocorreu na granja do jogador que estava comemorando o acesso do seu time a Série A do Brasileirão.

O jogador afirmou que é inocente e que só fala em Juízo. Seu advogado, Afonso Vilar disse que após a conclusão do auto de prisão em flagrante e a conseqüente distribuição do processo para uma das Varas de Campina Grande, pedirá relaxamento de prisão e, a partir daí, o juiz irá decidir se o mantém preso ou não.

Segundo informações de Afonso Vilar, Marcelinho Paraíba estava em sua granja acompanhado de cerca de 30 pessoas amigas. O delegado Rodrigo e sua irmã chegaram sem ser convidados, mas por manterem uma amizade de mais de um ano, entraram e foram bem recebidos. Na ocasião, o jogador convidou a vítima para dançar e tentou beijá-la.

Afonso declarou que a vítima não queria ser beijada por Marcelinho e que ele ao insistir no beijo, acabou ferindo a boca dela. O delegado incomodado com o fato, saiu da granja por alguns instantes e quando retornou já estava acompanhado de agentes policiais que o deram voz de prisão.

Segundo o depoimento de Marcelinho, o delegado ao retornar disparou um tiro para cima e o deu voz de prisão. Alguns amigos do jogador também foram detidos, por desacato e resistência à prisão por terem tentado evitar que os policiais prendessem Marcelinho Paraíba, mas Afonso Vilar explicou que ele serão liberados por força de fiança. “O delegado já arbitrou a fiança deles em R$ 1.000,00 (Hum mil reais).

O fato acabou na Central de Polícia por volta das 6h da manhã desta quarta-feira (30). Marcelinho foi categórico em afirmar que é inocente e que estranha a reação tanto da vítima quanto do delegado Rodrigo que são seus amigos há mais de um ano. “Sou inocente e só falo em juízo”, desabafou o jogador.

O delegado Fernando Zacolla confirmou a prisão do jogador por estupro, crime previsto no artigo 213 do Código Penal. O crime é inafiançável e a pena varia de seis a 10 anos de prisão. O delegado revelou que a vítima apresentava sangramento nos lábios o que após as mudanças na Legislação, se configura como estupro. Ela foi submetida a exame de corpo delito.

Simone Duarte

Fonte: PB Agora